terça-feira, 30 de novembro de 2010

camel active apresenta o “making of” da colecção Primavera/Verão 2011







Namaste Índia


Novembro 2010 – A terra dos Marajás e das vacas sagradas foi o destino escolhido para a equipa camel active, e para o fotógrafo Thomas Lohr, produzirem as imagens da nova colecção Primavera/Verão 2011, sob a quente luminosidade da Índia.

Os oito membros da equipa - entre eles, o director criativo Will Matthews e os manequins James Crabtree, Xoan Perez Fernandes e Anthony Bryan - enfrentaram uma diferença de 20 graus de temperatura: à chegada ao Aeroporto Internacional de Chhatrapati Shivaji, a 22 de Setembro de 2010, estavam 38º. O ponto de partida para esta jornada foi Mumbai, a capital do estado de Maharashtra, localizada no Oeste do país.

Após um breve descanso no quarto do hotel, com ar condicionado, o grupo aventurou-se na confusão da cidade. A Porta da Índia, famoso ponto turístico de Mumbai, foi o cenário perfeito para começar a sessão. As redondezas da praça indiana cor de mel, com o Arco do Triunfo, que é uma atracção tanto para turistas como para a população local, formam um contraste impressionante de paisagem urbana caótica. O fotógrafo Thomas Lohr aproveitou a oportunidade para fotografar as primeiras imagens e captou imediatamente a atenção de todos os que por ali passavam. A equipa ficou impressionada com a abertura e com a amabilidade das pessoas, que sugeriram locais para outras fotografias e que se ofereceram como guias.

Depois da Porta da Índia, a equipa mudou de local, à tarde, para o telhado de um arranha-céus, onde apreciaram a vista deslumbrante de Mumbai. Mesmo com esforço foi impossível ver, mesmo de um ponto tão alto, toda esta cidade com 20 milhões de habitantes As imagens tiradas neste dia fizeram jus tanto ao cenário, como à colecção camel active Primavera/Verão 11. De volta às cenas coloridas da cidade, com tanto trânsito que qualquer condutor europeu teria um ataque de nervos, todos estavam excitados com a confusão dos antigos táxis ingleses, ciclomotores e inúmeras barracas com especiarias e vegetais à venda.

Na manhã seguinte, a equipa fez uma viagem, de uma hora de barco, para a Ilha Elephanta – um oásis tranquilo e arborizado, a cerca de 10 quilómetros de Mumbai. As imensas grutas da ilha eram utilizadas como templos de culto e são, desde 1987, Património Mundial da UNESCO. Este foi o local ideal para colocar os três manequins em cena. Os impressionantes relevos nas paredes e esculturas em pedra de cor clara, foram o cenário perfeito, com a luz perfeita para a colecção camel active. A elevada humidade colocou verdadeiramente os manequins à prova, mas todos ultrapassaram o desafio soberbamente, como pode ser confirmado pelas fotografias.

Exausta mas feliz, a equipa regressou a Mumbai para testemunhar outro ponto alto desta viagem: Ganesh Chaturthi, um festival que homenageia uma das divindades mais importantes da tradição hindu, o Deus Elefante Ganesh. Por toda a cidade, milhares de pessoas festejaram, dançando pelas ruas e tocando música. Foram erguidas em honra de Ganesha inúmeras esculturas e celebradas pequenas cerimónias. A equipa foi encorajada a participar nas danças e, depois de uma timidez inicial, dançaram alegremente com a multidão. Ao anoitecer, as pessoas reuniram-se ao longo das praias e afundaram no mar as numerosas esculturas de elefantes artesanais. A equipa relaxou antes de prosseguir com a jornada em conjunto.

Na manhã seguinte voaram para Jodhpur, a segunda maior cidade indiana do estado de Rajasthan, na região nordeste do país. O clima abafado de Mumbai deu lugar a um calor seco de 40º, à chegada junto ao Deserto do Thar. Jodhpur é também conhecida como a „cidade azul“, devido à cor das casas e por no passado ter sido uma importante estação ao longo da Rota da Seda. Fica situada no sopé do Forte Mehrangarh. Para além do cenário colorido, os locais imediatamente destacaram-se pelas jóias extravagantes. As mulheres, envoltas em vestidos multicoloridos e decoradas com jóias enormes davam a impressão de terem saído do livro das Mil e Uma Noites, tal como os olhos negros dos homens sob os turbantes.

A equipa, caminhando através das ruas estreitas com imensos bazares e workshops, acidentalmente atravessou um cortejo com o noivo a cavalo dirigindo-se à noiva, acompanhado por músicos. A equipa da camel active foi imediatamente convidada para participar nas festividades e não demorou muito até que todos estivessem a usar um turbante e a dançar junto aos noivos. O manequim James comprou um instrumento musical tradicional indiano, uma espécie de violino, e juntou-se a uma jam session, atraindo as atenções de todos e despoletando gargalhadas dos colegas.

O contraste da paisagem desértica, a fachada em pedra maciça do Forte Mehrangarth e as cores brilhantes das pessoas e das suas casas, fez da sessão fotográfica de Jodhpur uma experiência maravilhosa para todos. Nem mesmo as vacas sagradas, que se recusaram a sair do cenário, foram capazes de estragar o humor da equipa que ao final do dia tinha todo o material pretendido.


Exultante com a experiencia, a equipa mudou-se para Jaisalmer, no meio do Deserto do Thar. A cidade apelidada de dourada, devido às suas fachadas elaboradamente decoradas com arenito marrom amarelado, e a sua natureza Médio Oriente, é impressionantemente semelhante às de Jodhpur. Embora esta terceira paragem da jornada tenha sido suficientemente impressionante, devido às condições de iluminação e do pitoresco jogo de cores, não foi o suficiente para a equipa. Com a ajuda de alguns moradores, conseguiram um tiro de sorte para a sessão fotográfica seguinte: O Holi Festival – Festa das Cores - que é um dos mais famosos e tradicionais da Índia. As celebrações são „vivas“ e as pessoas polvilham-se umas às outras com pós coloridos e água. Infelizmente este festival de cores é tradicionalmente realizado durante as cerimónias de primavera, ou seja, seis meses depois da partida da equipa. No entanto, o entusiasmo e a disponibilidade do povo indiano foram enormes e conseguiram recriar esse espectáculo colorido. Num curto espaço de tempo, o pequeno mercado foi transformado num mar selvagem de cores e até os manequins estavam irreconhecíveis de baixo de uma camada de turquesa e violeta.

A equipa passou a última noite da viagem nas dunas do Deserto do Thar, aproveitando o pôr-do-sol e reflectindo sobre os acontecimentos dos últimos dias.

Durante nove dias a equipa esteve imersa num mundo de tempos passados e tradições, aproveitando a hospitalidade indiana, tomando parte nas festividades e absorvendo inúmeras novas experiências. A documentação resultante desta experiência prova a inesquecível aventura e certamente vai incitar todos os que virem estas imagens a viajarem por lugares distantes.

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